MATO GROSSO DO SUL / BRAZIL: ROTEIRO EM BONITO / MATO GROSSO DO SUL / BRAZIL

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

ROTEIRO EM BONITO / MATO GROSSO DO SUL / BRAZIL




Bonito é simplesmente o melhor destino para mergulho fluvial do Brasil. Na nascente cristalina do Rio Baía Bonita, que forma o Aquário Natural, ou no Rio Sucuri, de leve correnteza, você nada lado a lado com diversas espécies de peixes coloridos.
É uma típica “viagem família”, mas isso não quer dizer que o destino não tenha muita aventura – há passeios de botes em corredeiras, boia-cross, mergulho com cilindro e até rapel no incrível Abismo Anhumas, uma das maiores cavernas submersas do país.
O Abismo Anhumas é a atração mais impressionante de Bonito. Após descer 72 metros de altura de rapel, o visitante se depara com um espelho d'água cristalino (Valdemir Cunha/Reprodução)
A preocupação com o meio ambiente, por aqui, é levada a sério. Parece até que muitas das atrações da cidade foram descobertas recentemente, de tão intocadas.
Tanta beleza e organização, no caso, têm seu preço: ao planejar a viagem, leve em conta que os principais passeios custam caro (em alguns casos, os valores incluem guias, equipamentos para as flutuações e até almoço).
Araras vermelhas sobrevoam região de Bonito. No Buraco das Araras, com mais de 100 metros de profundidade, veja o espetáculo das revoadas de aves saindo de seus ninhos (André Turatti/Reprodução)
QUANDO IR 
Dá para ir para Bonito o ano inteiro, mas a época de seca, entre junho e agosto, é a melhor para as flutuações – aproveite para acompanhar a programação do Festival de Inverno, em julho. 
Entre dezembro e janeiro, durante as férias escolares de verão, as cachoeiras ficam mais volumosas, mas a procura pelos passeios é enorme e as chuvas podem deixar as águas turvas.
Balneário Municipal de Bonito: O passeio até o lugar pode ser procurado diretamente pelo turista (Fabiano Lucas/Reprodução)
COMO CHEGAR 
Ir até Bonito é mais prático – a Azul voa pela rota Campinas-Bonito-Corumbá, com escala em Corumbá na ida ou na volta, dependendo do dia da semana. Do aeroporto até o centro da cidade, são 15 km e é possível fazer o trajeto de táxi, transfer e carros alugados.
A flutuação no Rio da Prata, aquário natural gigante e de água claríssima, é uma das atrações principais de Bonito (Leo Feltran/Reprodução)
Mas também é possível ir até Campo Grande, que tem mais opções de voo e pode ser mais barato. Da capital sul-mato-grossense, é preciso seguir de transfer ou carro alugado por 300 km de estrada (cerca de 3h30 de viagem) – o melhor caminho é via Sidrolândia, que não passa por estradas de terra.
A viação Cruzeiro do Sul faz o trajeto de ônibus diariamente, em uma viagem que dura entre quatro e seis horas e meia.
O visitante que fizer a flutuação pelo Rio da Prata pode nadar ao lado de pacus, piraputangas, dourados e pintados (Leo Feltran/Wikimedia Commons)
Estar bem-preparado é tudo quando se trata de turismo ecológico. Por isso, aqui vão alguns itens essenciais para carregar na mochila durante os passeios: binóculos, câmera fotográfica, papete (melhor opção para trilhas e cachoeiras), água, chapéu ou boné, protetor solar e repelente.
Abismo das Anhumas: Sob uma pequena fenda no solo se esconde a maior caverna submersa do mundo com um espelho-d'água cristalino (Leo Feltran/Reprodução)
COMO CIRCULAR 
Carro faz toda a diferença, pois a maioria das atrações fica distante do centro. O meio de transporte também te dará mais liberdade na hora de escolher os dias e horários de cada passeio.
No passeio de bote pelo Rio Formoso, o turista enfrenta corredeiras leves e com pouco declive (Gabriela Aguerre/Reprodução)
Dá para alugar um carro tanto em Bonito (a Unidas e a Localiza entregam o carro no aeroporto; algumas agências de turismo, como a Bonitour, também alugam o veículo) como em Campo Grande. 
Outras opções são os traslados das agências de turismo, vans privativas e táxis.
A água cristalina da Gruta do Lago Azul impressiona. O local também está cercado por estalactites e estalagmites (Ichiro Guerra/Reprodução)
O QUE FAZER 
Para aproveitar as atrações ao máximo, é preciso ter planejamento. Primeira dica: monte uma programação diária, e compre as entradas para os passeios com antecedência – muitas atrações limitam o número de visitantes.
A transparência da água, possível pela alta concentração de cálcio, substância decantadora, é impressionante (Divulgacao/Reprodução)
Os vouchers para quase todas as atrações são vendidos exclusivamente nas agências de turismo da cidade, recomendadas pelos hotéis ou com atendimento online. Os preços são tabelados, e os pacotes geralmente incluem almoço, lanche e equipamentos como máscara, snorkel e roupa de neoprene para as flutuações.
No Rio Sucuri, o calcário e as cascas de caramujo dão um tom impressionante de azul à água, que se mistura com tons verdes, vermelhos e amarelos da vegetação (Rico/Reprodução)
Os preços publicados nas atrações não levam em conta o valor dos traslados, que devem ser negociados com as agências (quem chega de carro encontra facilmente os lugares, já que tudo é sinalizado).
No Aquário Natural, o visitante recebe treinamento de flutuação numa piscina natural antes de cair no Rio (Andre Sealle/Reprodução)
Atrações 
Os passeios de Bonito podem ser divididos em algumas categorias. Nas flutuações, atrações máximas da cidade, a correnteza te leva por águas cristalinas, enquanto cardumes de diversas espécies nadam ao seu lado.


As do Rio da Prata, do Rio Sucuri e do Aquário Natural são destaque; na Nascente Azul, o visual é exuberante e o passeio inclui outras atrações do balneário. A flutuação da Barra do Sucuri também é uma opção.
Flutuação na nascente Olho-D'Água, onde as águas são mais calmas e levam até o Rio da Prata (Marcelo Krause/Reprodução)
Entre as grutas, os destaques são a Gruta do Lago Azul, com um lago de um tom azul mágico, quase irreal e as Grutas de São Miguel, cujo passeio começa em uma trilha suspensa e segue gruta adentro, cheia de estalactites, estalagmites e outras formações geológicas.
O Rio da Prata não tem vegetação abundante, por isso tem as águas mais cristalinas entre todos os rios da região (Marcelo Krause/Reprodução)
A Boca da Onça é a cachoeira mais alta do estado, com 156 metros de altura, mas a trilha ecológica da Boca da Onça, com 4 km, passa por outras dez quedas. Outras opções são o Parque das Cachoeiras, com seis cachoeiras e a Estância Mimosa, com sete paradas para banho, três das quais são divididas com o Parque das Cachoeiras.
Com rios e lagoas cristalinas, Bonito é o maior playground do ecoturismo brasileiro (Divulgação/Divulgação)
Das atrações de aventura, o Abismo Anhumas é a mais radical: primeiro, é preciso passar por uma estreita fenda no chão e descer de rapel por 72 metros de altura, até um lago cristalino. Lá, é possível flutuar ou mergulhar com cilindro (para mergulhadores certificados) e observar os enormes cones de calcário submersos.
Outros bons passeios para quem quer adrenalina são os mergulhos na Lagoa Misteriosa (que também oferece flutuação) e o boia cross e o arvorismo do Hotel Cabanas.
A cachoeira Boca da Onça é a principal de um passeio de 3 km que passa por outras 10 cachoreiras, na Serra da Bodoquena (Divulgação/Divulgação)
Bonito (e a vizinha Jardim) ainda reserva os balneários do Sol e Municipal, a Praia da Figueira e o Buraco das Araras, dolina de 126 metros de profundidade com incontáveis ninhos de araras-vermelhas.
A Buraco do Macaco, uma das muitas cachoeiras na região da Boca da Onça, em Bonito, Mato Grosso do Sul (Márcio Cabral/Reprodução)
ONDE FICAR 
A maioria das hospedagens está no centro, onde também ficam grande parte das agências de turismo, restaurantes e lojas. Quase todos os hotéis da região são mais básicos, com área social reduzida e quartos simples.
Abismo Anhumas: debaixo d'água, os cones – formados pela sedimentação do calcário que goteja constantemente na lagoa – chegam a até 20 metros (Fabiano Lucas/Reprodução)
O Hotel da Praça, localizado na Coronel Pilad Rebuá, a principal rua de Bonito, tem construção espelhada e apartamentos compactos com decoração minimalista. Lá também fica o Hotel Paraíso das Águas, com piscina, churrasqueira e sauna à vapor.
O CLH Suítes Bonito, a uma quadra da rua principal, tem quartos básicos com tons neutros e elementos de madeira. Novidade de 2017, o Bonito Ecotel, a duas quadras, tem pegada sustentável (produz a própria energia elétrica e usa aquecedores solares para a água), piscina, redário e jardim.
A famosa Gruta do Lago Azul, atração maior de Bonito, Mato Grosso do Sul (Márcio Cabral/Reprodução)
Próximos à região central, mas um pouco mais distantes dos lugares de maior movimento, a Pousada Surucuá tem piscina, redário e quartos amplos com ar-condicionado e cama king-size e o Wetiga, área de lazer completa, com piscinas externa e térmica, spa, academia e salão de jogos.
Bonito não vive só de águas cristalinas. O passeio de bote no Rio Formoso desce três cachoeiras e duas corredeiras por cerca de 1h30, com parada para banho (Fundação de Turismo MS/Reprodução)
Fora do centro, alguns hotéis utilizam o terreno de antigas fazendas e oferecem a oportunidade de aproveitar a natureza para além dos passeios. O Hotel Cabanas possui quartos em cabanas de madeira elevadas e disponibiliza atividades de boia cross e arvorismo. Com amplas áreas verdes, o Hotel Santa Esmeralda oferece chalés rústicos e charmosos à beira do Rio Formoso.
O programa completo no Abismo Anhumas, em Bonito (MS), combina rapel com mergulho (Divulgação/Divulgação)
ONDE COMER 
Os peixes mais famosos do Pantanal, como piraputanga, pacu, pintado e dourado, estão presentes na maioria dos cardápios da cidade. Vale prová-los na Casa do João, que serve diversos pratos regionais, como a traíra frita acompanhada de salada, arroz e pirão, e tem uma lojinha com souvenires e artesanatos. 
A porção farta de pacu na brasa do Juanita também é famosa. Além disso, o local é bom para quem quiser provar a carne de jacaré, servida ainda como recheio de pastel no Pastel Bonito. 
Na lanchonete Vício da Gula, a carne de jacaré e outros ingredientes regionais como a guavira e o jaracatiá são transformados em sucos, sanduíches e bombons. Já o restaurante Sale & Pepe funde a culinária pantaneira com as chinesas e japonesas, servindo de peixes a yakissobas e combinados de sushi.


O agito noturno é garantido no Taboa Bar, que já é um símbolo da cidade. Andréa Fontoura, a proprietária, compra cachaça de produtores locais e fabrica infusões com frutas e especiarias. O bar tem música ao vivo.
Turistas praticando boia-cross em Bonito, Mato Grosso do Sul (Rico/Reprodução)
SUGESTÕES DE ROTEIROS 
Um dia – A flutuação no Rio Sucuri, principal atração da cidade, pode ser feita pela manhã. Peixes como piraputangas e dourados nadarão ao seu lado. Depois da aventura, você pode curtir o resto do tempo na fazenda do lugar, ou partir para conhecer a impressionante Gruta do Lago Azul, na mesma região.
Peixes e turistas nas transparências do Rio da Prata, em Bonito, Mato Grosso do Sul (Divulgação/Divulgação)
Para finalizar, há dois bons programas: jantar na Casa do João, que serve receitas com peixes locais, e fim de noite no Taboa Bar, com a ótima cachaça misturada com mel, canela, guaraná e ervas.
Cinco dias – Bonito tem muitas atrações – e você não consegue ver tantas no mesmo dia, por causa das distâncias e do tempo gasto para visitá-las. Depois de curtir a flutuação, aposte nas cachoeiras: a Boca da Onça, a mais alta do estado, e o Parque das Cachoeiras são imperdíveis.
O Buraco das Araras é mais uma atração de Bonito, onde o turista pode observar as aves saindo de seus ninhos (LUCIANO CANDISANI/Reprodução)
No Abismo Anhumas, a diversão é para quem gosta de fortes emoções: uma descida de rapel leva a uma das maiores cavernas submersas do Brasil. Também não dá para voltar do destino sem mergulhar no belo Aquário Natural, ou visitar a Gruta de São Miguel.
Programe, também, um dia inteiro para visitar a vizinha cidade de Jardim, onde você confere a inesquecível flutuação no Rio da Prata, a Lagoa Misteriosa e o Buraco das Araras. Se sobrar tempo, tire um dia para aproveitar as “praias” de Bonito, como o Balneário do Sol.
Parque das Cachoeiras: são seis cachoeiras com água cristalina (Fabiano Lucas/Reprodução)
VIDA NOTURNA 
Mesmo com um dia inteiro de atividades, vale guardar um pouquinho de energia para curtir a noite de Bonito. E ela pode começar cedo, às 19h, no Projeto Jiboia.
Gruta de São Miguel, onde vivem morcegos. Uma trilha suspensa leva à entrada do local (Fabiano Lucas/Reprodução)
Ali, todos os dias, um sujeito com uma cobra enrolada no pescoço dá praticamente um show de uma hora falando sobre a importância da preservação do animal (você nem percebe o tempo passar!). O criador de cobras é Henrique Naufal, um paulista que descobriu a exótica paixão por serpentes em uma viagem à Austrália. No fim, ele mostra como o bicho é dócil, colocando-o no ombro dos turistas para uma foto. 
Depois de jantar em um dos restaurantes do centrinho, siga direto para o Taboa Bar.
Site: http://www.portalbonito.com.br 
População: 21.483 hab 
DDD: 67 
Estado: Mato Grosso do Sul 
Distância de outras cidades: Jardim: 75 km; Dourados: 280 km; Porto Murtinho: 215 km; Campo Grande: 312 km; Corumbá: 354 km; São Paulo: 1135 km; Rio de Janeiro: 1583 km.
Fonte dos textos e fotos: viagemeturismo.abril.com.br / Thymonthy Becker



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OS SONHOS QUE SONHEI
DISPUTA COM RONALDO FENÔMENO
Estava no jardim da casa da minha mãe. Havia algumas pessoas lá. Tinha uma arquibancada no jardim e nesta arquibancada, além de algumas pessoas, estava o jogador Ronaldo Fenômeno. No corredor atrás da casa da minha mãe estava o tesoureiro do Internacional. O fenômeno disputava com este tesoureiro alguma coisa, que não sei o que era. Alguém fazia uma pergunta e Ronaldo respondia verbalmente. Já o tesoureiro escrevia num quadro que tinha ao seu lado. No canto da linha, enfrente a casa da minha mãe, tinha um placar bem grande, onde constavam as respostas certas dada pelo Ronaldo. 


Um pouco mais distante estava outro placar com as resposta do tesoureiro do Internacional de Porto Alegre. Toda vez que o Ronaldo respondia, algumas pessoas, que eu não via, começavam a gritar. Os dois placar eu também podia ver.



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